1 de nov. de 2008

2) Mulher: A Auxiliadora Idônea

Da mesma forma que Cristo é o exemplo de procedimento para o homem assumir o seu papel de líder, também o é para que a mulher assuma o seu de submissão. [1] Percebe-se de início, uma dificuldade com o termo, que tem sido utilizado nos nossos dias de forma pejorativa significando inferioridade numa suposta hierarquia. Mas não é. Se fosse, Cristo não seria em tudo submisso ao Pai.

Teologicamente entendemos que na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade[2], sendo assim, Jesus e Deus Pai não são hierarquicamente diferentes, mas Jesus assumiu dentro da economia Divina, a função de ser submisso aos decretos do Pai. Ele assumiu esse papel de muito bom grado, pois a relação entre ele e o Pai é de perfeita harmonia.

Essa relação perfeita serve de modelo para o casamento, e, da mesma forma que Cristo se submeteu em todas as coisas ao Deus e Pai, as mulheres, igualmente, devem ser submissas aos seus maridos (I Pedro 3:1).

Certamente a queda trouxe conseqüências negativas a esse relacionamento. A partir de então, vemos a dificuldade da mulher em aceitar a submissão, até mesmo porque são poucos os homens que assumem como devem o seu papel de liderança amorosa como Cristo.

Analisamos que seria muito mais fácil para as mulheres entenderem a função de sujeição, ou submissão, apontando para as responsabilidades do homem em detrimento dela mesma, e, se ele assume de forma positiva e real o seu papel de amá-la como Cristo amou a Igreja.

Mesmo assim, o texto de Paulo aos Efésios não deixa dúvidas quanto a esse assunto, fazendo coro com o já citado verso em I Pedro. Efésios 5:22-24:

Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos.

O argumento do Apóstolo é o seguinte: se, enquanto Igreja de Cristo nós nos submetemos à sua liderança, as mulheres devem – já que a liderança do marido é comparada a de Cristo pela Igreja – com a mesma alegria, ser submissas aos seus maridos como ao Senhor.

Que grande glória é para nós, crentes, sermos servos, submissos ao Senhor Jesus. Nós pensamos e agimos assim porque ele tem demonstrado todo zelo e amor na sua liderança ao ponto de haver entregue a própria vida por nós, logo, se os maridos amarem suas esposas dessa mesma forma, como se requer deles, não será difícil que esposa seja também alegremente submissa.

O grande problema dos nossos dias, entretanto, é a relativização da verdade de Deus. As pessoas preferem seguir os seus próprios pensamentos que caminham após o curso deste mundo, e se conformam com ele, em lugar de renovar os pensamentos pelo conhecimento da Palavra de Deus (Efésios 2:1 e Romanos 12:1,2).

O pensamento do mundo hodierno é no sentido de que pensar em submissão da mulher é algo arcaico, grotesco e machista. Evidentemente se pensarmos num contexto de reclusão e tirania dos homens, podemos entender essa tendência; mas o fato é que a verdade bíblica não pode ser negociada por pensamentos com base na sua modernidade. Os céus e a terra passarão, mas as Palavras de Cristo não hão de passar (Mateus 24:34).

Como, então, deve ser o procedimento da esposa para com o seu marido? A própria palavra responde. Na continuação do texto de Efésios 5, Paulo diz no versículo 33 que a mulher deve respeitar (reverenciar) o marido.

Há quem atribua essas palavras a certo grau de machismo do Apóstolo Paulo, argumenta-se que ele não era casado e que ele não poderia compreender essas coisas referentes ao casamento. Evidentemente rejeitamos esse pensamento, pois sabemos que Paulo escreveu sob Inspiração Divina e suas palavras refletem com clareza a vontade de Deus para nossas vidas (II Pedro 1:20,21 cf. 3:15,16).

Mas imaginemos que alguém ainda diga isso de Paulo, mas o próprio Apóstolo Pedro insiste com base nos mesmos argumentos. Eis o texto de I Pedro 3:1-6:

Mulheres, sede vós, igualmente submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor. Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus. Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas ao seu próprio marido, como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma.

O que Pedro mostra vai ainda além da explicação de Paulo, pois Pedro leva em conta maridos que não cumprem o seu papel, por isso mesmo ainda precisavam ser ganhos pela verdade. E o exemplo de Abraão e Sara (Gênesis 18:12) é usado para mostrar que as grandes mulheres do passado, tiveram esse procedimento e foram abençoadas por Deus por causa disso, e cada leitora da carta de Pedro, se considerava filha de Sara e deveria seguir seu exemplo de submissão.

Perceba que o espírito manso e tranqüilo não é o que está em voga nos dias do afloramento do feminismo, mas o fato é que entre o senso comum e a Escritura, nós optamos sempre pela pressuposição da Palavra infalível e inerrante de Deus. Com esses pressupostos e mais uma vez entendendo a responsabilidade do homem, ficam mais claros textos como I Timóteo 2:9-15 e I Coríntios 14:34,35 que falam do procedimento das mulheres no contexto de culto público a Deus: em silêncio.

O assunto é tão importante para Deus, que ele instrui as mulheres mais vividas a ensinarem esses conceitos as mais jovens em Tito 2:3-5:

Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder... Sejam mestras do bem, a fim de ensinarem as jovens recém-casadas a amarem as marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a Palavra de Deus não seja difamada.
[1] Um conceito que é lindo nesse contexto é o extraído do Salmo 54:4 onde Deus é chamado de ajudador, mesma palavra para auxiliador (como as mulheres devem ser dos seus maridos). Esse auxílio é chamado de submissão. Por isso Deus também se interpõe como exemplo a ser seguido pelas mulheres. Não que ele seja submisso ao homem, mas que ele dá o próprio exemplo para que as mulheres entendam seu papel sem com isso achar que são inferiores.
[2] Confissão de Fé de Westmisnter, Capítulo II, Parágrafo 2.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Maridos amem suas esposas como CRisto amou a Igeja e deu sua vida por ela". "Mulheres, reverenciem vossos maridos".
Ao homem Deus pede que "amem", às mulheres Deus pede "reverência/respeito/submissão", porque ao homem é mais difícil amar e às mulheres mais difícil se submeter. Mas o "trabalho" fica bem mais fácil quando os que precisam de "respeito" sejam respeitáveis, e os que precisam de "amor", sejam amáveis. Respeitabilidade e amabilidade é decisão, atitude interior que faz toda a diferença.