1 de nov. de 2008

II - Quando os Filhos Chegarem; o que Fazer?

Uma vez estabelecido o relacionamento entre o casal, eles devem cumprir o mandato de povoar a terra e multiplicar a semente da aliança (Gênesis 1:28). Por isso lemos que herança do Senhor são os filhos, e o fruto do ventre o seu galardão. Feliz o homem que encher deles a sua aljava (Salmo 127:3,5).

O nosso objetivo aqui, entretanto, não é convencer os jovens casais a terem filhos[1], simplesmente, mas instruí-los, de acordo com a Escritura, para que possam criá-los sob a égide Divina.

Desta feita, vamos ver primeiramente como os pais devem tratar seus filhos e, em seguida, como os filhos devem respeitar e honrar os seus progenitores, lembrando as nossas responsabilidades e privilégios de sermos pais:

“Deus confia em nós porque nos ama como pais. Ele sabe que nos revelou o seu desejo e nos deu o seu Espírito, não somente para que conheçamos a sua vontade, mas também para entendê-la e cumpri-la. Deus nos confia seus filhos, amando-os como ele os ama, porque ele nos ama e amando-nos quer dar-nos umas das maiores alegrias que existem no mundo: filhos. Juntamente com o amor, confiança e alegria, vem a responsabilidade que nós, como pais da Aliança, temos de preparar essas criaturas portadoras da imagem de Deus, para serem futuramente os trabalhadores da Aliança e os servos do reino... não existe nenhuma situação na nossas vidas em que estejamos isentos de estar moldando, esculpindo, formando em nossos filhos à imagem de Jesus Cristo. Que dever! Que Privilégio!”[2]

É fácil notar que os conceitos mundanos mais uma vez vão de encontro ao estabelecer um padrão moral de acordo com as Escrituras, pois quando a Bíblia fala em buscar o bem do outro, o mundo busca a auto-satisfação.

Cada dia é mais comum que os pais – mesmo os crentes – transfiram a responsabilidade de criar seus filhos para escola, creche, igreja, babá ou alguma outra instituição, mas precisamos reconhecer que isso é um erro fatal. Quando os pais se aperceberem do grande mal que estão fazendo, certamente uma geração inteira estará perdida. Esse trabalho (que na verdade é uma benção de Deus) é intransferível e precisa ser exercido pelos pais, e eles somente. [3]

Hoje em dia os filhos são criados pelos pais para serem objetos sexuais. Cada vez mais jovens, os filhos estão experimentando a quebra de paradigmas arcaicos e vivendo vidas indissolutas que acabarão por trazer desgraça cada vez maior para a sociedade. Os jovens têm aprendido a construir seus próprios conceitos e viver pelo que eles mesmos imaginam, e não se dão conta que, com um coração desesperadamente corrupto (Jeremias 17:9) eles não vão encontrar as verdades santas de Deus, mas apenas as sujeiras que procedem de mentes decaídas e depravadas (Romanos 3:9-23).

No meio dessa geração corrupta, somos chamados a ser pais amorosos, que tratam a disciplina como algo sério na presença do Senhor. E também filhos obedientes, que busquem na honra aos seus pais os caminhos de sucesso que anelam trilhar. Vejam um excelente padrão a ser seguido:

“O Coração é a fonte da vida. Portanto, criar filhos diz respeito a pastorear o coração. Você precisa aprender a educar, voltar-se para o coração, a partir do comportamento visível, expondo a seus filhos as questões do coração. Em resumo, você deve aprender a envolvê-los e não a reprová-los. Ajude-os a ver que a forma como estão tentando aplacar a sede de sua alma é com coisas que não satisfazem. Você precisa ajudar seus filhos a divisarem um foco claro da cruz de Cristo.”[4]
[1] Isso seria objeto de um outro estudo, pois como propagadores da aliança de Deus, verdadeiramente devemos cumprir o seu mandato de “encher a terra e procriar” plantando a semente santa.
[2] Van Groninger, Harriet e Gerard, A Família da Aliança. Editora Cultura Cristã, Segunda Edição. São Paulo, 2002. Página 118-119, 128.
[3] Tripp, Tedd, Pastoreando o Coração da criança. Fiel, 5ª Edição. São Paulo, 2006. Páginas 5-11
[4] Ibid. Página 18

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