1 de nov. de 2008

3. Ouvir os Pais e a Igreja

O Cortejo é uma idéia vista hoje em dia como ultrapassada, mas precisamos, mais uma vez, nos rendermos aos ensinamentos da Escritura, afinal de contas somos, em tudo, submissos à Palavra do Senhor.

Os jovens e adolescentes estão cada vez mais ‘independentes’ de seus pais e, levados pela idéia já vista do construtivismo, procuram tomar suas decisões em várias áreas de sua vida sem levar em conta a vontade deles.

Um exemplo disso na Escritura foi o caso de Sansão. Sansão é conhecido pela sua força extraordinária, mas também pelas péssimas escolhas na área da afetividade. Em Juízes 14:1 ele se afeiçoa de uma das filhas dos Filisteus – um povo inimigo do povo de Deus na Antiga Aliança, e ele declara a seus pais (procedimento necessário naquela época) que gostaria de recebê-la por esposa. O texto mostra que a afeição de Sansão se deu provavelmente por fatores externos (hoje alguém pode ser seduzido pela beleza ou simpatia de outrem; veja Juízes 14:7), em detrimento da obediência de se casar apenas com as pessoas pertencentes ao povo de Deus, como os pais de Sansão o tentaram fazer enxergar: Então, seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas dos teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vais tomar esposa dos Filisteus, daqueles incircuncisos? E vejam a resposta obstinada dele: Toma-me esta, porque só desta me agrado.

Quando um crente toma para relacionamento uma pessoa de outro credo, está claramente negando a vontade de Deus; e nesse caso de Sansão, ele estava indo de encontro aos conselhos dos próprios pais, a quem, como esse artigo cita acima, precisamos obedecer e honrar – mais uma vez quero lembrar a razão anexa do Quinto Mandamento – Para que vá bem... Pois certamente não irás, se seguires caminho contrário.

Os pais de Sansão servem de algum exemplo para os pais de hoje em dia, mesmo que o senso comum diga que os pais não devem ‘se meter’ no relacionamento dos filhos, cremos que na Aliança é diferente. O nosso sentido de família é outro. Os filhos devem ser criados desde cedo a dialogarem com seus pais sobre todos os assuntos para que esse conceito seja até um requerimento dos próprios filhos.

Não há quem ame os filhos como os pais, e especialmente os pais crentes têm a sabedoria do Senhor de ajudar nesse processo de escolha do companheiro da filha ou da companheira do filho. Veja que o que propomos não é que os pais efetivamente escolham, mas que façam parte do processo de escolha, como quem ama seus filhos e certamente querem o melhor para eles, além de terem mais experiência também. Quantos problemas seriam evitados se vivêssemos esses conceitos nas nossas famílias cristãs.

Mas e quanto aos jovens crentes que vivem em famílias ímpias? É exatamente aí onde entra em ação a família da fé e a Igreja. Os Presbíteros de uma Igreja, seus Pastores, tem o papel paternal sobre a vida de suas ovelhas, e haverá um deles que seja sábio para ajudar os jovens também nessa área. Para as moças, especificamente, há até um conceito bíblico que as mulheres mais experientes da Igreja devam ensiná-las determinadas práticas (Tito 2:3-5) sendo assim usadas na continuidade da família da fé.

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