26 de mar. de 2009

Esboço para formatura de outra ovelha - Direito


Leitura: Êxodo 20:3-17 (Os 10 Mandamentos)

Cena 1: O Julgamento de um Réu Culpado


Imagine um Réu que está sendo julgado por infringir todos os artigos penais do código. A cada item que a acusação levanta ele é qualificado dolosamente.
Esse réu nada tem a dizer que seja convincente para sua defesa, pois todas as evidências, provas e testemunhas são claras no sentido que ele merece mesmo a condenação.
Nesse processo, além do réu, há o confiante acusador, que sabe que tem uma causa ganha diante de si, pois o juiz é reconhecidamente justo. Ele não aceita suborno e o advogado, por melhor que seja, nada poderá fazer sequer para diminuir a pena, pois o réu cai em todos os agravantes que os códigos podem nominar.
- A Bíblia, livro que cremos ser a Palavra inerrante e infalível de Deus, mostra que o ser humano natural é esse réu. Sim. Eu e você somos exatamente descritos como gente que não tem defesa diante de Deus.
O texto da lei que acabamos de ler nos mostra isso: são apenas 10 Artigos, mas facilmente somos enquadrados em todos eles. (...) e a verdade é que todos compareceremos perante o tribunal de Deus e de Cristo (Rm. 14:10; II Co. 5:10).
As evidências pessoais nos fazem perceber isso: os homens e mulheres que se formaram antes de vocês podem não ter sido tão ousados para falar do IGNIS BONI YURIS, muitos defenderam ao menos a Fumaça do Bom Direito... mas a verdade é que quando se depararam com as primeiras nuvens de possibilidades de crescer – mesmo que em detrimento do BONI YURIS – perderam-se no meio da fumaça e terminaram queimados por essa realidade: são réus indefensáveis.
Assim vocês também terão em futuro próximo essas provas, e se não tiverem mudadas suas naturezas, também cairão em algum ponto da lei: cobiça, adultério, ódio, mentira? E quando se cai em um ponto da lei, se torna culpado por todos eles.
Se você levar em conta que a Bíblia é (ou pode ser) verdade e que você é esse réu, perceberá que a primeira vista, não há esperança, pois o justo juiz deverá cumprir sua sentença capital.
Aqui está a acusação contra você: Romanos 3:10-23


Cena 2 – A Acusação é Clara e Precisa


Nosso julgamento imaginário prossegue e o acusador agora pega a palavra e, com precisão, descortina de forma brilhante, magistral e convincente a verdade. O réu, acuado mais uma vez pelas evidências, olha para o juiz, e conhecendo o seu caráter, sabe que nada pode mudar um fato: sua pena tem que ser cumprida.
- No júri verdadeiro, Deus é o Juiz; e ele é um Juiz fiel e justo. Não pode negar-se a si mesmo (II Tim. 2:13), sua sentença é mortal.
Todas acusações do promotor - Satanás - nem precisariam acontecer, pois o Juiz sabe todas as coisas. Na verdade o próprio acusador é o pior de todos os réus e também receberá a punição com todos eles.
A pena, segundo a Escritura é a Eternidade no FOGO DO BOM DIREITO. A justiça de Deus - que não falha - é o combustível eterno que alimenta essas chamas iradas contra o pecado. (Tiago 5:1-6) Ainda: Nosso Deus é fogo consumidor (Hb. 12:29).
Se a defesa for simplória demais, o próprio código se interpreta de maneira clara:
Não Matarás? Mateus 5:21,22
Não Adulterarás? Mateus 5:27,28

... O acusador conhece bem a lei e ela de fato nos condena!


Cena 3 – A Defesa e a Sentença


Não apenas as evidências – pois elas podem ser fabricadas, mas a própria realidade faria com que o defensor dessa causa se calasse diante de tão clara e dura realidade: ele não tem como provar a inocência do réu nem pode desviar o fato de que a justiça precisa ser feita. A pena precisa ser cumprida.
- O problema do réu, no entanto, é que essa pena é uma pena eterna, pois o delito foi cometido contra Aquele que é eternamente santo.
O juiz conhece bem o defensor e sabe que ele é advogado correto. Não trará suborno, não pedirá pena alternativa, não buscará relaxamento de prisão ou forjará atenuantes inexistentes. (Salmo 19:9)
Sua defesa, então, toma um rumo diferente, pois não podendo perder a sua causa, ele, que tem a mesma procedência justa e santa do juiz; sai do seu lugar de honra e segurança, de justiça, de autoridade, de dignidade, e chamando o nome daquele réu, desce até perto dele e, lhe dando a mão, o leva para o seu lugar de honra, se assentando no banco indefensável de culpado. (Isaías 53)
A Bíblia que nos diz que Cristo é esse advogado: I João 2:1
(Ilustração do Rei, do decreto e da mãe)

Aplicações:


Se você já tem em Cristo a sua confiança, viva do forma digna do Evangelho (Fp. 1:27)

Se não, Como a história desse julgamento pode mudar a sua vida hoje? I João 1:8,9. Lembre-se que a Lei condena, mas ela serve de aio... (Gl. 3:23-25).

Um comentário:

Unknown disse...

Quando reflito sobre esse tema que me é tão peculiar, Tribunal... Julgamento... Réu... Juiz... Advogado... porém, sob a perspectiva bíblica que revela a aplicação de uma santa justiça, sinto-me tão pequeno, tão culpado, tão condenado, e pior, quando vejo a figura exemplar do advogado, me sinto repugnante, execrável perto da pureza e da verdade essencial. Por fim, apego-me à Graça que me acolhe e me justifica em/por Cristo Jesus.